Um dia saí de minha terra
Do chão que me viu nascer
Procurando sentir o mesmo amor
Em outro lugar fui viver
Senti uma saudade imensa
Porém tive de lá viver
Procurei amizades fortes
Que me ajudassem a vencer
Pois só um amor grande, sincero
Poderia me animar
Gente boa desta terra
Me ajudaram a continuar
Ser gaúcha, tenho orgulho
Dos sotaques das tradições
Se sopra o vento minuano
Dos pampas nos meus rincões
Pego o poncho largo e folgo
As botas de couro curtido
Monto à cavalo e sigo
Troco por calça o vestido
Isso tudo é ser gaúcha
De noite curto as estrelas
Do luar ao Cruzeiro do Sul
São ainda mais belas
Oh! Meu Rio Grande querido!
Sei que aqui também é Brasil
Por isso, conformo e continuo
Te amando igual vezes mil
Em pensamento te unindo
Numa linha horizontal
Por esse sol sol forte e belo
Que ilumina ambos igual
Valier Varzim da Cruz nasceu em 1932, no município de Pelotas/RS, em uma localidade que hoje pertence a Capão do Leão. É dona de casa, moradora da região do porto pelotense. Durante muitos anos foi vendedora e costureira, e sempre manteve seus cadernos de escritos. Os textos publicados no blog Pandorgas no Paralelo 32º são extraídos de seu "caderno de versos" de 1996.
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