sábado, 7 de junho de 2014

O livro da Vila Sete (poema do Silvio nunes)

Nu poema te escrevi
Com dois restos de grafite

Ponta dor e estilete
Pelo fio que te corta
A mesada recebeste
Pêlos tapete na porta
Correu a menina morta
Perna abaixo te senti
Com dois restos de grafite

Remetente: o pecado
Vendedor de picolé:
-Absorvete gelado!
-Palito grátis, quem quer?
Dá pra comer de colher!
Nos teus óleos derreti
Com dois restos de grafite

O poeta vem com lápis
A poeta apontador
Uma dor que dói feliz
E no branco Vão compor
Os excessos? São Amor
Aquele que te parti
Com dois restos de grafite


Sílvio Nunes, tem 41 anos, é funcionário público na Prefeitura de Jaguarão, onde reside. É natural de Arroio Grande e sempre gostou muito de escrever. Política e religião eram os seus alvos até 3 anos atrás quando descobriu a poesia - ou foi ela que o descobriu? O que interessa é que foi ela que o trouxe novamente pra vida, ela o salvou, deu-lhe ar pra respirar! É graduando do curso de Letras (Português/Espanhol), na Unipampa, tem escrito para o Jornal Meridional da cidade (Espaço do Poeta) e também no blog do NELPP (Núcleo de Estudos Linguísticos e Pedagógicos do Português – Unipampa) http://www.nelpp-unipampa.blogspot.com.br/p/silvanydades.html. Participa do Círculo dos poetas e escritores da Unipampa.

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