segunda-feira, 12 de maio de 2014

Sí és minha Cocanha ( poema de Flor Ariza)

desci até la calle peguei um ônibus en el coração uma pontinha de liberdade. Nos cheiros o idioma não passa de um detalhe uma exposta subtropicalidade espanhol – português banho sueños y poemas amorosos. El general deu o permiso e enquanto caminhava tentei imitar o passo da gente pero no he conseguido hablar! A esmo saí à deriva do meu próprio não ser baixei até a Sarandí - rindo do que sou e do que deixo de ser. Entrei em um bar vazio onde três chicas trabalham pomelo y un poema pibes drogados e a catedral chamando para a missa das 17:00 os trabalhadores saem de sus oficinas y lotam os ônibus los niños com uniformes brancos e enormes gravatas azuis correm pelas ruas depois do horário escolar. Estoy flanando o cotidiano estou na paisagem trágica y soy a própria tragédia engraxates turistas senhoras estudantes da universidade artistas da rua na rua sendo mágico em completa sensibilidade. O sol está baixando indo dormir no río y yo fazendo o percurso amoroso             cuerpo y pelo sentindo real fantástico de que sí és minha Cocanha.


Flor Ariza é a jaguarense Juliana Nunes, historiadora e sagaz perceptora da poesia cotidiana.

Nenhum comentário:

Postar um comentário